China pede ação “urgente” em Gaza durante cúpula com países árabes
Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, recebeu representantes de Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Autoridade Palestina e Indonésia
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Acredita-se que o Hamas esteja abrigando no subsolo um número considerável de combatentes e armas
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O conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro quando o grupo extremista islâmic disparou uma chuva de foguetes lançados da Faixa de Gaza sobre o país judaico. A ofensiva contou ainda com avanços de tropas por terra e pelo mar
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Foguetes disparados em Israel a partir de Gaza
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Após os ataques aéreos, o Hamas avançou no território israelense e invadiu a área onde estava acontecendo um festival de música eletrônica; mais de 260 corpos foram encontrados no local
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Carros foram deixados para trás pelos motoristas que tentavam fugir do grupo extremista islâmico
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Imagens mostram carros abandonados e sinais de explosões após ataque em festival de música eletrônica em Israel
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As forças israelenses responderam com uma contraofensiva que atingiu Gaza e deixou vítimas, inclusive, em campos de refugiados. Israel declarou "cerco total" e suspendeu o abastecimento de água, energia, combustível e comida ao território palestino
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Destruição em campo de refugiados palestinos em Gaza após ataque aéreo de Israel
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Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza
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Campo de refugiados palestinos atingido em meio a ataques aéreos israelenses em Gaza
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Prédios destruídos na Faixa de Gaza
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Escombros de prédio destruído após sataques em Sderot, no sul de Israel
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Delegacia destruída no sul de Israel após ataque do Hamas
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Palestinos queimam pneus de carros e bloqueiam estradas enquanto entram em confronto com as forças israelenses no distrito de Beit El, em Ramallah, na Cisjordânia
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As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em Gaza
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Bombeiros tentaram apagar incêndios em Israel após bombardeio de Gaza no sábado (7)
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Foguetes disparados de Gaza em direção a Israel na manhã de sábado (7)
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Veja como funciona o sistema antimíssil de Israel
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Ataque israelense na Faixa de Gaza
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza
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Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza
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Imagens se satélite mostram destruição na Faixa de Gaza
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Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023.
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Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023.
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Barco de pesca pega fogo no porto de Gaza após ser atingido por ataques de Israel.
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Palestinos caminham em meio a destroços de prédios destruídos por Israel em Gaza
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Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel
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Soldados israelenses carregam corpo de vítima de ataque realizado por militantes de Gaza no kibbutz de Kfar Aza, no sul de Israel
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Destruição em Gaza provocada por ataques israelenses
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Ataque israelense na Faixa de Gaza
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza
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Munição israelense é vista em Sderot, Israel, na segunda-feira
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Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza
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Chamas e fumaça durante ataque israelense a Gaza
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Sistema antimísseis de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza
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Hospital na Faixa de Gaza usa geladeiras de sorvete para colocar cadáveres devido à superlotação do necrotério
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Fumaça sobe após um ataque aéreo israelense no oitavo dia de confrontos na Faixa de Gaza, em 14 de outubro de 2023
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Homem palestino lava as mãos em uma poça ao lado de um prédio destruído após os ataques israelenses na Cidade de Gaza
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Embaixada dos EUA no Líbano é alvo de protestos
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Palestinos protestam na Cisjordânia contra ataques de Israel
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Hospital em Gaza é atingido por um míssil
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Hospital atacado em Gaza
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Palestinos procuram vítimas sob escombros de casas destruídas por ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Crédito: 17/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa - 44de46
Cidadã palestina inspeciona sua casa destruída durante ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 17 de outubro de 2023 em Khan Yunis
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Tanque de guerra israelense
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Ataque de Israel contra Gaza
Crédito: 11/10/2023REUTERS/Saleh Salem
O mundo deve “agir urgentemente” para conter o conflito em Gaza, disse o principal diplomata da China, nesta segunda-feira (20), durante uma reunião com autoridades de nações de maioria árabe e muçulmana.
A declaração acontece enquanto Pequim intensifica seus esforços para desempenhar um papel no estabelecimento de um cessar-fogo na guerra entre Israel-Hamas.
O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, deu as boas-vindas a seus colegas da Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Autoridade Palestina e Indonésia, bem como ao chefe da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para uma visita de dois dias à capital chinesa.
“A comunidade internacional deve agir urgentemente, tomando medidas eficazes para evitar que esta tragédia se espalhe, disse Wang aos líderes visitantes nos comentários de abertura antes das reuniões.
“A China defende firmemente a justiça e a imparcialidade neste conflito”, completou.
Os ministros visitantes expressaram os seus próprios fortes apelos ao fim do conflito, com o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud.
“A mensagem é clara: a guerra deve parar imediatamente, devemos avançar para um cessar-fogo imediatamente e materiais de socorro e a ajuda deve entrar imediatamente”, afirmou.
Os países representados esperam cooperar com a China e “todos os países” que são “responsáveis e notam a gravidade da situação”, disse ele.
Israel lançou semanas de bombardeios e operações terrestres no território de Gaza, governado pelo Hamas, após um ataque surpresa do grupo em 7 de outubro. Mais de 200 reféns foram feitos nesse ataque, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.
A reunião em Pequim ocorre no momento em que fontes dizem à CNN que um possível acordo para garantir a libertação de alguns reféns detidos pelo Hamas e uma pausa de vários dias nos combates podem estar à vista, após semanas de negociações entre os Estados Unidos, Israel e o grupo militante – mediado pelo Catar.
Pequim tem estado em desacordo com Washington – um aliado israelense e há muito um importante mediador de poder na região – sobre a sua abordagem ao conflito.
A discordância envolve a questão de um cessar-fogo imediato, que Washington não apoia.
Pequim também criticou a retaliação de Israel e não condenou o Hamas nem nomeou o grupo nas suas declarações, provocando reações por parte das autoridades israel.
“Israel deveria parar com a punição coletiva ao povo de Gaza e abrir um corredor humanitário o mais rápido possível para evitar que uma crise humanitária de maior escala ocorra”, disse Wang.
Israel defendeu firmemente as suas ações como erradicação do terrorismo após uma “invasão bárbara” e rejeitou qualquer cessar-fogo sem a libertação dos reféns.
O esforço da China pela paz
A China tem tentado desempenhar um papel ativo na busca por uma solução para o conflito, à medida que procura expandir a sua posição como grande potência global.
Pequim enviou um enviado de paz para uma visita a vários países da região no mês passado e atuou como uma voz forte pressionando por um cessar-fogo imediato nas Nações Unidas, incluindo no Conselho de Segurança, onde a China detém agora a presidência rotativa.
Na semana passada, o órgão da ONU aprovou a sua primeira resolução sobre o conflito, que apelava à libertação imediata de todos os reféns detidos pelo Hamas e à extensão de corredores humanitários em todo o enclave para proteger os civis.
Os EUA e o Reino Unido abstiveram-se, alegando o fracasso da resolução em condenar o Hamas.
“Por razões conhecidas de todos, em particular a obstrução repetida e persistente de um membro permanente do Conselho, esta resolução só pode servir como um primeiro passo baseado num consenso mínimo”, disse o embaixador chinês Zhang Jun após a votação.
Nesta segunda-feira, em Pequim, o ministro da Arábia Saudita elogiou a decisão do Conselho de Segurança, sob a liderança da China.
O conflito também deu à China a oportunidade de reforçar os seus já fortalecidos laços com vários países do mundo árabe.
“Sempre defendemos firmemente os direitos e interesses legítimos dos países árabes e muçulmanos e sempre apoiamos firmemente os esforços do povo palestino para restaurar os seus direitos e interesses nacionais legítimos”, disse Wang à delegação visitante.
* Xiaofei Xu, Martin Goillandeau, Mengchen Zhang e Sophie Jeong, da CNN, contribuíram para esta reportagem