Chin Shi Huang

O Brasil tem atravessado ondas de calor ao longo da primavera. As altas temperaturas mudaram a rotina no país, que enfrentou demanda elevada por energia elétrica e até a escassez de sorvetes em alguns locais. Problemas de saúde relacionados ao calor também precisaram de maior atenção. O mesmo fenômeno foi registrado na Europa e nos Estados Unidos durante o período do verão no hemisfério norte, que acontece entre os meses de junho e setembro.

O clima no planeta Terra é complexo. Prova disso é o registro de temperaturas extremas — de calor ou frio — ao mesmo tempo em regiões diferentes. O avanço das mudanças climáticas tende a tornar esse sistema ainda mais complicado.

Apesar das grandes variações de temperatura, há uma média que é registrada com dados de diversas partes do globo — no planeta Terra e em outros planetas dos quais é possível obter os dados. Essas informações ajudam a entender como alguns planetas podem abrigar vida e outros não, por exemplo.

De acordo com a Nasa, mesmo com o sobe e desce dos termômetros e dos diferentes fenômenos climáticos que ocorrem no planeta, a superfície da Terra tem uma temperatura média de 15ºC.

Qual a maior temperatura registrada no planeta Terra?

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), do Departamento de Comércio dos EUA, o recorde de temperatura mais alta no planeta é de 56,7ºC e foi registrado no Vale da Morte, na Califórnia, em 1913. A temperatura mais baixa foi registrada em 1983, na estação Vostok, na Antártida: -89,2ºC.

Em texto publicado neste mês, a Nasa explica que, apesar de ter as temperaturas mais hospitaleiras no comparativo com outros planetas do Sistema Solar, a Terra costuma ser alvo de uma grande variedade de fenômenos climáticos, o que explicam os extremos registrados.

“[A Terra] é um planeta dinâmico e tempestuoso com tudo, desde dias claros e ensolarados, a breves pancadas de chuva, a tornados, a furacões violentos, a nevascas e tempestades de poeira”, diz o texto.

Apenas dois planetas tem temperatura média de superfície maior que a da Terra: Vênus e Mercúrio. Apesar de Mercúrio ser o mais próximo do Sol, é Vênus quem encabeça a lista de planetas mais quentes do Sistema Solar, com 464ºC de média.

“Vênus está envolto em nuvens e tem uma atmosfera densa que funciona como estufa e aquece a superfície acima do ponto de fusão do chumbo”, explicou a Nasa.

Mercúrio, por sua vez, tem média de 167ºC, mas as máximas registradas por lá podem chegar a 430ºC durante o dia e cair até -180ºC durante a noite. A composição da atmosfera, nesses casos, soma sua influência à da proximidade do Sol, a principal fonte de luz e calor no Sistema Solar.

Confira o ranking completo das temperaturas médias de superfície dos planetas do Sistema Solar:

1. Vênus: 464ºC

2. Mercúrio: 167ºC

3. Terra: 15ºC

4. Marte: -65ºC

5. Júpiter: -110ºC

6. Saturno-140ºC

7. Urano: -195ºC

8. Netuno: -200ºC

O agora classificado como planeta-anão Plutão é considerado frio demais para sustentar vida e tem temperatura média de superfície de -375ºC.

Efeitos das ondas de calor pelo mundo

Partes da Espanha, Croácia, França, Grécia e Itália enfrentaram calor intenso,com temperaturas ultrapassando a barreira dos 40ºC.  No Brasil, a onda de calor da última semana intensificou eventos climáticos extremos, como a seca histórica na região Norte e Nordeste do país, as chuvas na região Sul, o calor no Centro-Oeste e a instabilidade no Sudeste.

Em função do calor, o show que a cantora Taylor Swift faria no Rio de Janeiro no sábado (18) foi adiado para esta segunda (20). Durante o dia, a capital fluminense registrou sensação térmica recorde (59,7ºC) e teve ainda a maior temperatura desde 2008, com termômetros batendo 44,2ºC.

Na apresentação de sexta-feira, uma fã da norte-americana morreu após passar malemais de 1.000 desmaios foram registrados pelo Corpo de Bombeiros fluminense.

Veja impactos das mudanças climáticas

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